A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que 
mulheres que engravidarem durante o aviso prévio têm direito à 
estabilidade até o quinto mês após o parto. A estabilidade já é um 
direito para gestantes em contrato regular de trabalho e, com a decisão,
 vale também para quem cumpre aviso prévio, ou seja, quem já foi 
demitido ou pediu demissão.A decisão foi tomada no último dia 6 de fevereiro, por unanimidade, e publicada na última sexta-feira (15). Ainda cabe recurso.
O caso analisado foi o de uma enfermeira de São Paulo que pediu 
reintegração ao trabalho após rescisão durante gravidez. No caso, o 
tribunal não reintegrou a mulher ao trabalho, mas concedeu à gestante o 
direito ao pagamento dos salários e da indenização referentes ao período
 entre a data em que ela foi despedida e os cinco meses posteriores ao 
nascimento da criança.
Pela legislação brasileira, a gravidez garante estabilidade da 
empregada grávida até o quinto mês após o parto. No entanto, as 
instâncias inferiores ao TST entenderam que aviso prévio não integra o 
tempo de serviço contratual. Antes de entrar com recurso do TST, a 
mulher tinha tido o pedido de reintegração ao trabalho e indenização 
negado na 38ª Vara do Trabalho de São Paulo e no Tribunal Regional do 
Trabalho.
A decisão do TST não é nova, pois já existe orientação jurisprudencial 
na Corte prevendo que a data de saída a ser anotada na carteira de 
trabalho deve corresponder ao término do prazo do aviso prévio. Para o 
relator do processo na Terceira Turma, ministro Maurício Godinho 
Delgado, o próprio tribunal regional admitiu que a gravidez ocorreu no 
período de aviso prévio indenizado.
"Incontroverso, portanto, que a concepção ocorreu durante o aviso-prévio indenizado, ou seja, antes da despedida, configurada está a estabilidade provisória," destacou o ministro em seu voto.
Fonte: G1
"Incontroverso, portanto, que a concepção ocorreu durante o aviso-prévio indenizado, ou seja, antes da despedida, configurada está a estabilidade provisória," destacou o ministro em seu voto.
Fonte: G1
 
 
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