quinta-feira, 22 de março de 2012

A INFÂNCIA PERDIDA

O Ministério da Saúde, preocupado com o alto índice de adolescentes com idade entre 13 e 19 portadoras do vírus HIV, disponibilizou em algumas escolas da rede pública preservativos onde, os jovens que desejarem é só retirar, ou seja, ficam os preservativos disponibilizados como folhetos de propaganda, onde qualquer pessoa possa retirá-los sem ser questionada. 

Algum tempo atrás, uma professora foi entrevistada em um noticiário de uma emissora de grande audiência no Brasil, esta, ao ser questionada sobre o assunto disse simplesmente: " o que importa é que eles estão se prevenindo, não estamos preocupados se eles tão jovens já iniciaram a vida sexual". Fiquei "pasma" com a resposta, como assim não se preocupam? 

Pensem, aos treze anos a pessoa é praticamente uma criança ainda, sem experiências e sabedorias de vida, não viveu nem 25% do que a vida ensina e já está assumindo compromissos de adultos? treze anos é a fase das descobertas, das primeiras decepções e de mudanças significativas no corpo e na mente, é errado a menina e o menino nesta faixa etária já estarem de "vida sexual ativa" sendo que até para assinarem documentos devem estar representados pelos pais ou responsáveis pois, ainda não possuem capacidade.

Estamos presenciando um grande número de crianças que na verdade estão pulando fases, todos os dias nos deparamos com "pequenos adultos", onde não existem mais a pureza e a inocência de uma criança e, com isso aumentam ainda mais o caso de adultos na idade entre 20 e 30 anos com depressão, frustração, sentimentos suicidas e sem perspectivas de vida, tudo isso porque não souberam aproveitar a melhor fase de suas vidas, coisas foram acontecendo antes do tempo e responsabilidades foram surgindo no momento em que eles deveriam apenas estarem aprendendo.

Cabe aos pais orientarem seus filhos, deixarem - os serem crianças, dizerem NÃO, quando necessário, um exemplo clássico disso: muitas mães acham "bonitinho" a menininha de 12/13 anos andando maquiada, de minissaia e com o namoradinho ao lado, mas, na verdade esta "mocinha" ainda não tem maturidade suficiente sequer para assumir um relacionamento e o mesmo ocorre com os "homenzinhos".

Ao invés de incentivarem tal conduta, devem os pais dizerem NÃO a este tipo de comportamento e mostrar para estas "crianças" que a vida deve ser feita de etapas, cada coisa deve ocorrer em seu tempo e eles devem aproveitar esta fase de acordo com que manda a sua idade. 

Quanto às escolas, ao invés de distribuírem preservativos para  alguém sem um mínimo de maturidade, deve no entanto ensinar á estas crianças os valores, princípios  e as consequências que poderão vir se algo for praticado antes do seu tempo. 

Uma adolescência e infância quando bem vivida, resulta em adultos equilibrados, responsáveis e fortes para decidirem em alguns momentos de sua vida, a prova disso está em repararmos as gerações nascidas e criadas até meados dos anos 80, onde realmente existia infância, adolescência e a verdadeira fase adulta, veremos que os adultos são seguros de si, pessoas decididas e felizes.Se compararmos com a geração anos 90, nos deparamos com jovens frustrados, tristes e depressivos e a situação agrava ainda mais com os nascidos nas décadas de 2000 até nos dias atuais ( que falando a verdade é uma geração que nem infância está tendo), onde meninas de 07 anos já enjoam das bonecas e se interessam em meninos e meninos na mesma idade já pensam até em fazer sexo se bobear. Agora imaginem o tipo de adulto...

É hora de pensarmos melhor, de agirmos a tempo e resgatar esta infância que está sendo perdida, é mais lindo ver uma menina de pés descalços, brincando na calçada com cabelos despenteados do quer ver uma "pequena mocinha" já com maquiagem, roupas de adulto e saltinho. É também agradável aos olhos ver um menino sapeca, descalço, subindo em árvores e brincando com o carrinhos do que ver um "mini adulto" já bancado o paquerador, de roupinhas limpas e cheirosas. 

Pensem nisso, principalmente você que é pai, mãe ou que tenham crianças em suas famílias e trabalhem com elas, pois o futuros destes pequenos não dependem apenas deles e sim de nós pais, sociedade e escola. 






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