quinta-feira, 12 de julho de 2012

CHINA INDENIZA MULHER POR ABORTO FORÇADO


A família de uma mulher obrigada a se submeter a um aborto no sétimo mês de gravidez por violar a política do filho único vai receber uma indenização do governo correspondente a US$ 11 mil, contou o marido.

 O caso - e a foto de Feng Jianmei com o corpo do bebê - provocou uma forte reação na internet, despertando polêmica e embaraçando o governo. O marido de Feng, Deng Jiyuan, disse que a família aceitou o acordo porque deseja voltar a ter uma vida normal.

Jeng, que mora na província de Shaanxi, foi forçada a abortar o bebê no mês passado, porque não tinha 40 mil yuans, cerca de US$ 6.300, para pagar a multa que se impõe a quem deseja ter um segundo filho.

Autoridades locais frequentemente impõem abortos e esterilizações como forma de manter a política do filho único, denunciam ativistas.

 Mas a foto de Jeng despertou simpatia e indignação, além de críticas à severa lei de planejamento familiar chinesa. O caso levou o governo a apresentar um raro pedido de desculpas.
Deng disse que a família não está contente ou descontente com o acordo.

- Não se trata de conseguir dinheiro. Como cidadãos comuns, não podemos continuar sendo alvo da pressão de todos os setores da sociedade - ressaltou o marido.

Muitos no povoado classificaram a família como traidores, por tentar chamar a atenção para o caso. Deng foi obrigado a se esconder e ir a Pequim em busca de ajuda legal. Ele conta que o casal ainda deseja ter outro filho.

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